Cair na repetição
e saber de antemão
que nada de novo
se irá encontrar.
Na monotonia das palavras,
dos gestos, da vida,
que se desenrola, esculpida,
na pedra lisa e polida
do tempo.
Estar encurralado,
cercado por um turbulento
remoinho de monotonia
que me suga
e, lento,
faz sentir na alma o desalento
que descrevo no momento
fluente da tinta do sentimento.
Todo o tempo, parado,
é imortalizado
na sempre em mudança
escultura das palavras.
10.06.2016