Todo este peso,
sujo, preso
a mim; repeso
de ter entrado
pela porta da vida.
Choro lágrimas azedas,
ácidas, sensabores que me queimam,
preparando-me para as labaredas
que me lavarão.
Encurralado nestas veredas
me atormenta um sentido vão
de esperança.
Caminho para o fundo branco,
catarse da alma.
Dispo-me da gente
que me cobre,
e a sujidade derrete
e escorre.
Fico só eu,
um pouco mais limpo,
um pouco mais sujo…
16.05.2016
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